domingo, 10 de novembro de 2013

As joias de Rovena


A autora narra um conto cheio de tramas, mistérios, romance e suspense. A história se passa numa cidade pacata no interior de São Paulo, Rovena, onde existe uma má administração sob o comando do Prefeito Henrique, a população o repudia. Por outro lado sua irmã Marta, uma médica dedicada, trabalhadora, todos admiram seu empenho no hospital, ela tem brigas constantes com seu irmão, o Prefeito Henrique, pois, ela quer construir um novo hospital em beneficio da população e ele sempre rejeitando, visando apenas o seu próprio beneficio, até que, com a chegada de Armando Lucan a história toma rumos inimagináveis.

A vida de Marta e Henrique andarão em sentidos opostos a partir da chegada de Armando, nos fazendo entender que a Verdade é um poder que não devemos esconder, se você escolhe omitir ou mentir, um dia tudo isso virá a tona e a Verdade vencerá.

Uma história cheia de amores, crimes e manipulação de fatos, onde acontecimentos obscuros do passado ajudarão a desvendar os mistérios de Rovena. Um conto repleto de diálogos, onde personagens se interligam uns aos outros sem se conhecerem, uma das histórias mais surpreendentes que eu li e convivi, me senti parte desta história.

A vida é feita de boas ações e intenções, honestidade deveria ser hábito e não uma obrigação, a Verdade sempre prevalecerá, e as barreiras que a vida nos impõe são apenas testes para seguirmos firmes nessa luta, afinal, somos guiados pela nossa Fé.



Christiano Kayo

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

A casa das pastilhas azuis

Você conhece a história da sua casa?
Não adianta dizer: "claro, fui eu que a construí!"
Quero saber se você conhece a história do lugar, a origem daquela rua ou daquele loteamento.
As casas antigas, reformadas, escondem mais histórias do que as mais novas. Casas recebidas por meio de uma herança, presente dos pais aos filhos, quando estes se casam. Mesmo que você more em um apartamento, já teve a curiosidade de saber o que havia naquele terreno?
Antigamente, lá pelos idos de 1970, as casas da rua 7 de Setembro eram simples, foi quando construíram a "casa das pastilhas azuis". Dizíamos pedrinhas azuis, com o tempo aprendemos a diferenciar pedrinhas de pastilhas de revestimento.
Era uma casa linda, chamava a atenção de todos. Nela moravam um casal e seus filhos.
Estudamos com eles no Colégio Estadual, o CENES, hoje Escola Estadual Geraldo Justiniano de Rezende e Silva, eu também morava naquela rua, numa das casas simples.
Todos que por ali passavam comentavam sobre a beleza da casa.
O tempo passou, a vida mudou, mudamos para outro bairro e não mais vimos os moradores da casa das pastilhas azuis.
As casas daquela rua ou foram reformadas ou foram transformadas em escritórios, lojas, clínicas, muitos moradores dali foram morar em condomínios, não mais havia crianças brincando na rua.
Anos depois, passei em frente a casa e observei que estava em estado de abandono, janelas quebradas, portões amarrados, azulejos soltos, parecia que a casa estava morrendo. Vocês já observaram que as casas vazias, deixadas para alugar ou vender, parecem tristes, bem ao contrário das casas novas, recém pintadas, que brilham, emanam luz e calor. Dá vontade de permanecer ali. Ao passo que as casas deixadas para trás, parecem frias, não temos prazer em permanecer nelas.
É recomendável que se pinte ou reforme uma casa antiga antes de habitá-la, quanta coisa aconteceu ali entre risos, lágrimas, brincadeiras, festas, discussões, nascimentos, mortes, é como se as emoções aderissem as paredes da casa.
Hoje, a casa das pastilhas azuis não existe mais, foi demolida, lá só está o terreno vazio. Será que construirão outra casa? Será que o novo proprietário vai se preocupar em conhecer a história daquele imóvel?
Deveria, afinal um dia ela foi a casa mais linda daquela rua!
Cristina Cimminiello


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Vamos brindar a chegada da Primavera?


                    Hoje acordei recordando uma canção antiga, uma marcha de carnaval composta em 1961 por Paulo Soledade e gravada por Altemar Dutra. A letra é simples, mas recordá-la ao abrir a janela e ver o sol brilhando, faz lembrar que falta apenas uma semana para a chegada da Primavera.
Para os que não se lembram,  a letra é esta:

Vê, estão voltando as flores
Vê, nessa manhã tão linda
Vê, como é  bonita a vida
Vê, há esperança ainda
Vê, as nuvens vão passando
Vê, um novo céu se abrindo
Vê, o sol iluminando
Por onde nós vamos indo
Por onde nós vamos indo.

Não sou poeta mas,  admiro quem consegue traduzir em versos a beleza que se vê na natureza: o céu azul, as estrelas, as flores que estão desabrochando, afinal tem alguma estação mais colorida do que a Primavera?
Nossa cidade pode não ter a beleza que gostaríamos, mas não podemos deixar de admirar os ipês, principalmente os amarelos, que floresceram,  há dias atrás, trazendo o brilho do sol para nossas ruas.
Observamos árvores frondosas, repletas de flores amarelas e também árvores quase sem folhas, confundidas com troncos secos, mas que igualmente nos brindaram com flores tão firmes que nem a chuva as derrubou.
Então? Vamos brindar a chegada da primavera?
Cristina Cimminiello

                                                                                                                     

Qual o sentido da palavra medo?


Sentimos medo do desconhecido, de novas experiências, de pessoas que não conhecemos, mas, o que existe por trás do medo? Orgulho? Inexperiência? Acomodação? Insegurança?
A violência que vivemos hoje não difere da que viveram nossos pais, lógico que para eles o mundo de hoje é bem mais violento do que o de antigamente, porém não podemos esquecer que atualmente a população é bem maior, consequentemente os problemas sociais também.
O mundo modifica-se a cada minuto. Pessoas morrem vitimas de doenças para as quais a medicina não encontrou ainda solução, por idade, nosso corpo envelhece, embora nossa mente permaneça ativa, há ainda as vítimas de  guerras, acidentes, terremotos e outros abalos da natureza.
Mas e o medo? Por que tememos o novo, o desconhecido? Temos medo de fracassar diante de um desafio em nossa profissão, em um novo romance, em uma viagem para um lugar que conhecemos apenas por fotografia ou programas de turismo.
O orgulho e a inexperiência nos impedem de seguir em frente porque podemos iniciar algo novo e errar, então o medo aparece na possibilidade de sermos ridicularizados.
A acomodação nos impede de sair de um emprego que abominamos porque tememos perde-lo e não conseguirmos outro que nos permita manter nosso padrão de vida.
Alguém disse certa vez: “O medo de perder tira a vontade de ganhar!”. Sábias palavras! O medo nos impede de viver, de crescer, de tomar atitudes que possam melhorar nossa vida.
Devemos temer sim atitudes impensadas, atitudes preconceituosas e pré-julgamentos. Devemos ouvir os mais experientes ou conhecedores de assuntos que não dominamos. Consultar aqueles que se sobressaíram em atividades que gostaríamos de realizar.
Mas, sobretudo, não devemos temer a vida, ela nos abre caminhos que muitas vezes nos parecem inimagináveis. Quando queremos mudar algo em nossa realidade, devemos reagir ao medo e buscar conhecimento para aproveitar o que ela está colocando diante de nós.
O medo não deve nos afastar do sucesso, ao contrário, deve nos impulsionar a melhorar em nossas escolhas profissionais e pessoais. Tomar uma decisão de mudança e de repente perceber que não era exatamente o que queríamos não deve nos deixar com medo de tentar novamente. É a tentativa de erro e acerto que nos impulsiona para o futuro.
O medo existe para nos fazer refletir sobre as decisões que devemos ou queremos tomar, não para nos impedir de seguir em frente.

Cristina Cimminiello

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Estrela e o Vento



O dia amanheceu ensolarado. Havia chovido dois dias antes e o ar estava leve. Aquele era um dia especial. O lançamento do segundo romance da escritora. O dia transcorreu tranquilo. Na empresa todos se agitavam para divulgar aquele trabalho, percebia-se o quanto estavam interessados em seu sucesso.
A imprensa local divulgou amplamente sua história e o lançamento do livro novo. À tarde, enquanto ela se preparava para receber os amigos veio a notícia: “uma nuvem pairava sobre o local do evento impedindo que ele se iniciasse”.
O que fazer? Como cancelar o evento marcado para 19h, eram 18h? Como avisar os convidados que vinham de outras cidades. Ela dirigiu-se ao local do evento e confirmado que ele não seria realizado ficou esperando as pessoas que chegariam para explicar-lhes o ocorrido.
Ela não estava sozinha. O marido, um dos irmãos, o garçom, todos permaneceram ao seu lado, indecisos, preocupados. Telefonemas começaram a ser realizados, era necessário avisar o pessoal do Buffet contratado e pedir que aguardassem até depois do horário combinado porque não havia para onde encaminhar os produtos preparados por eles.
Às 18h30m juntou-se a eles a Estrela, preocupada porque ela havia organizado o evento naquele local, tentando tranquilizar a todos disse:
- Não vamos desistir, vamos pedir ajuda ao Vento.
E assim o fez. Enquanto ela buscava o Vento, a escritora atendia telefonemas, explicando para as pessoas o que estava  acontecendo. Juntaram-se a ela amigos seus e de seu filho, que permaneceram ao lado dela aguardando pacientemente os acontecimentos.
A espera angustiava a escritora. Quem aceitaria recebe-la? Salões não se alugam em cima da hora, restaurantes não a aceitariam porque estava levando o que deveria ser servido no coquetel. A resposta não demorou a chegar: “O  Vento providenciara um local para onde o evento seria transferido, junto com a Estrela preparariam o local para a noite de autógrafos,  a escritora receberia seus amigos conforme o combinado. Outra Estrela aproximou-se e colocou um cartaz na porta do local onde estavam, informando a mudança de endereço do evento.
A escritora permanecia ali,  esperando que seus convidados chegassem para informa-los do ocorrido e pedir que se dirigissem ao restaurante do Vento.  O colunista social e o fotógrafo, os amigos do condomínio, o poeta, o pintor, os amigos do filho, os familiares, todos solidários à escritora dirigiram-se ao restaurante e ficaram esperando por ela.
Ao lado dela permaneceram alguns amigos e o marido, para acompanha-la quando ela se sentisse segura de que ninguém ficaria sem informação.
Às 20h30m a escritora chegou ao restaurante e agradeceu a todos os presentes, lamentando que em virtude da confusão de cancelamento ou não do evento, alguns amigos deixaram de comparecer.
O evento realizou-se como esperado. O ar estava leve novamente. Os amigos se confraternizaram e manifestaram sua indignação para com a nuvem, porém a alegria reinava naquele ambiente repleto de estrelas.
A Noite estava clara, o Vento dissipara a nuvem e no céu o que se via era uma linda Constelação.
Cristina Cimminiello




Bemvindos ao Sarau

Oi pessoal, é muito bom saber que vocês vieram participar do meu sarau.